A Apple revelou um novo compromisso de investimento de US$ 100 bilhões nos Estados Unidos, elevando seu plano total para US$ 600 bilhões até 2029, além de reforçar o compromisso para criar 20 mil novos empregos no país, conforme anúncios anteriores.. O anúncio foi feito pelo Presidente Donald Trump durante evento na Casa Branca, com a presença do CEO Tim Cook. Essa medida é interpretada como uma estratégia da Apple para reforçar sua influência política, evitar tarifas futuras e ampliar sua produção industrial no território americano.

Segundo analistas, a iniciativa pode ser uma resposta estratégica à crescente pressão do governo americano para que empresas de tecnologia tragam mais operações para o território nacional. Trump afirmou que esse passo é significativo para garantir que os iPhones vendidos na América também sejam fabricados na América.
Plano de US$ 600 bilhões foca em cadeia de suprimentos, tecnologia e empregos
O plano de US$ 600 bilhões concentra-se em três pilares:
- Expansão da cadeia de suprimentos nos EUA;
- Aumento da fabricação de componentes de alta tecnologia;
- Investimentos em inovação local;
Entre as empresas parceiras estão a Corning (fabricante de vidros especiais para dispositivos Apple), a Applied Materials (equipamentos para fabricação de chips), a Texas Instruments, Broadcom, GlobalFoundries e a Samsung (fornecedores de chips e wafers de silício produzidos nos EUA). O destaque é a parceria com a Samsung, que produzirá chips no Texas, incluindo componentes essenciais para iPhones. Além disso, a GlobalWafers fornecerá wafers de silício de 300 mm fabricados localmente.
O mercado financeiro reagiu positivamente. As ações da Apple subiram 5% após a notícia, enquanto as empresas parceiras também tiveram valorização expressiva. Além de reforçar a imagem da Apple como uma empresa alinhada aos interesses econômicos americanos, o investimento ajuda a evitar tarifas punitivas e mantém a liderança da companhia no setor tecnológico. Em um cenário de transformações nas cadeias de suprimentos globais, essa aproximação com o governo e o fortalecimento da produção doméstica se mostram essenciais.
O aporte de US$ 100 bilhões acontece meses após Trump ameaçar impor uma tarifa de 25% sobre produtos da Apple fabricados fora dos EUA, um movimento que marcou uma mudança em sua política comercial. Embora a montagem dos dispositivos continue majoritariamente na Ásia, o anúncio é um gesto político importante.
Apesar do otimismo, a montagem completa dos iPhones em solo americano ainda é um desafio. Tim Cook reconhece que, embora vários componentes já sejam produzidos nos EUA, a cadeia global de montagem permanece economicamente mais viável no exterior, ao menos por enquanto.