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Rio de Janeiro se torna a primeira AI City da América Latina com o supercomputador da Nvidia

Iniciativa coloca a capital fluminense ao lado de Nova York e da Califórnia no seleto grupo de AI Cities do mundo

supercomputador Nvidia

O Rio de Janeiro acaba de entrar no mapa global da Inteligência Artificial. A instalação de um supercomputador da Nvidia no porto Maravalley, anunciado durante o evento Rio innovation Week, transforma a cidade na primeira AI City da América Latina, um título antes restrito a grande polos de tecnologia nos Estados Unidos. A iniciativa promete não apenas impulsionar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico, mas também gerar efeitos concretos no dia a dia dos cariocas em áreas como saúde, mobilidade e educação.

Com investimento estimado de 65 bilhões de dólares até 2032, o projeto reúne governo, universidades e empresas privadas em torno de um projeto comum: fazer do Rio um dos maiores polos de inteligência Artificial do planeta.

Porto Maravilha no Rio de Janeiro receberá o supercomputador. (Rogério Reis/Pulsar Imagens/Exame)

Um Marco histórico para o Rio de Janeiro e para a América Latina

Ser reconhecida como uma AI City significa muito mais do que abrigar um supercomputador. É, na prática, a entrada do Rio de Janeiro em uma rede global de inovação de ponta. O selo conferido pela Nvidia é dado a cidades que conseguem integrar infraestrutura tecnológica de alto nível com iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e aplicação prática de IA em benefício da população.

Leia mais: China apresenta sua estratégia global de Inteligência Artificial e Segurança durante a WAIC 2025

Até então, apenas regiões como Nova York e o Vale do Silício detinham esse status. O Rio, portanto, abre caminho para que a América Latina finalmente figure como protagonista na corrida pela Inteligência Artificial.

O Projeto do Supercomputador

Diferente de um PC comum, que possui um ou alguns processadores, um supercomputador conta com milhares de núcleos trabalhando em paralelo. Isso permite realizar cálculos extremamente complexos em segundos, algo que levaria horas ou até dias em computadores convencionais.

Essas máquinas já são utilizadas em todo mundo para prever mudanças climáticas, desenvolver novos medicamentos, criar simulações astronômicas e até apoiar pesquisas nucleares. No campo da IA, desempenham um papel crucial, são responsáveis por treinar os modelos que aprendem com milhões de dados para depois responder de forma autônoma, prever tendências ou sugerir soluções inovadoras.

No caso do Rio, a capacidade energética do sistema já começa em 1,8 Gigawatts e deve chegar a 3,2 GW até 2032, previsto para utilizar energia limpa e renovável . Para se ter uma ideia, isso é suficiente para alimentar milhares de servidores de altíssimo desempenho, abrindo espaço para projetos de larga escala.

Inteligência Artificial com identidade carioca

Um dos pontos mais interessantes do projeto é a criação de um modelo de IA com sotaque próprio, uma inteligência artificial adaptada à realidade carioca.

A proposta prevê o desenvolvimento de soluções que não sejam apenas importadas de outros contextos, mas que considerem a cultura, a linguagem e as necessidades específicas da cidade. Um exemplo é um sistema de mobilidade urbana se ajustar ao trânsito caótico da capital fluminense, ou o algoritmo de atendimento na saúde pública capaz de compreender os padrões epidemiológicos locais.

Esse caráter inclusivo é visto como um diferencial estratégico, pois a IA não será algo distante da realidade da cidade, mas sim um recurso moldado para resolver problemas reais dos cariocas.

Porto Maravalley: O berço da inovação

O supercomputador será instalado no porto Maravalley, região que vem se consolidando como o Vale do Silício carioca. O espaço já abriga iniciativas voltadas para a inovação tecnológica e se tornará agora o núcleo de um dos projetos mais ambiciosos da cidade.

A escolha do local é simbólica. Antigo polo industrial, a região portuária do Rio passa por um processo de revitalização urbana e econômica. A chegada da Nvidia acelera esse movimento, atraindo investimentos e dando ao Porto Maravalley o status de referência continental da tecnologia.

O Projeto não é isolado. A Prefeitura do Rio assinou acordos com grandes empresas de tecnologia, como a própria Nvidia, a Oracle e a Elea Data Centers. Além disso, foi lançado o programa Rio.IA, Hub Carioca de Inteligência Artificial, uma iniciativa financiada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e executada pela PUC-Rio em parceria com a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Esse Hub funcionará como espaço físico e uma rede colaborativa, reunindo startups, pesquisadores e empresas para acelerar a criação de soluções baseadas em IA. O objetivo é transformar as ideias inovadoras em produtos e serviços com impacto social e econômico.

Se de um lado o porto Maravalley ganha protagonismo, do outro a Barra da Tijuca se prepara para sediar um mega campus de data centers. O projeto prevê a transformação da localidade em um dos dez maiores polos de processamento de dados do mundo.

Impactos para a população

Embora os números e a infraestrutura chamem a atenção, o impacto mais relevante será sentido no cotidiano das pessoas. Eis alguns exemplos de como a IA pode transformar a vida na cidade.

  • Saúde: sistemas de análise preditiva podem antecipar surtos de doenças, otimizar a gestão hospitalar e apoiar diagnósticos mais precisos.
  • Educação: plataformas personalizadas de aprendizado, capazes de identificar dificuldades específicas de cada estudante e sugerir métodos de ensino mais eficazes.
  • Mobilidade urbana: algoritmos que ajustam semáforos em tempo real, reduzem engarrafamentos e tornam o transporte público mais eficiente.
  • Segurança: análise de dados para identificar padrões de criminalidade e apoiar a ação das forças de segurança.
  • Indústria: fábricas inteligentes, com processos automatizados e monitoramento em tempo real, aumentando a competitividade do setor.

A chegada do supercomputador da Nvidia ao Rio de Janeiro é um divisor de águas para a cidade e para o continente latino americano. Ao se tonar a primeira AI City da região, a capital fluminense não apenas recebe um selo internacional, mas assume o compromisso de colocar a tecnologia a serviço da sociedade.

O desafio agora é transformar esse potencial em resultados práticos que solucionem e melhorem a vida da população, fortalecendo a economia e colocando o Brasil em posição de destaque no cenário global da Inteligência Artificial. Se o plano seguir o rumo traçado, até 2032 o Rio poderá ser lembrado não só por suas praias, mas também por ser um dos grande polos tecnológicos do planeta.

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Conteúdo elaborado e revisado pela redação do ClicaTech.  Pode conter tradução com auxílio de Inteligência Artificial.