A Apple está a poucos dias de anunciar os novos modelos Apple Watch 11 e o Apple Watch Ultra 3, mas os rumores sobre a próxima geração dos seus relógios já sugerem que somente em 2026 que veremos as mudanças mais radicais desde o lançamento do primeiro modelo em 2015.
Embora o Ultra 3 deve roubar boa parte dos holofotes, o Serie 11 também chega com mudanças. Três delas já chamam a atenção começando pelo processador S11 SiP, sensores capazes de detectar pressão arterial e, finalmente, o suporte para o 5G.
Se no ano passado o Series 10 trouxe uma revolução no design e na tela, este ano a aposta parece ser no desempenho, na conectividade e nos recursos de saúde. Vamos analisar cada novidade em detalhes.
1. Apple Watch 11 e Ultra 3: um novo processador S11 SiP
Antes de falarmos sobre os avanços, vale destacar um termo técnico (SiP), que significa “System in Package. Diferente de um chip comum, como os usados no iPhone (da série A) ou nos Macs (série M), o SiP reúne vários componentes em um só “pacote” compacto, ideal para dispositivos pequenos como o Apple Watch.
No Series 10, a Apple introduziu o S10 SiP, que abriu espaço para novos recursos internos, apesar de não trazer tanto desempenho em relação ao S9. Agora, rumores confirmam que o S11 SiP estará presente no Series 11 e no Ultra 3, oferecendo ganhos de desempenho.
New S10 chip on Apple Watch Series 10#AppleEvent pic.twitter.com/GevTFdJlWS
— TECH INFO (@TECHINFOSOCIALS) September 9, 2024
Com esse chip, o relógio poderá lidar melhor com os recursos de inteligência artificial do WatchOS 26, que será lançado junto com o novo modelo. Isso significa respostas mais rápidas da Siri, detecção mais inteligente de atividades físicas e até a possibilidade de funções exclusivas que só funcionarão no Series 11 e Ultra 3 devido ao hardware.
Resumindo: o S11 não será apenas um chip mais potente. Ele representa a base necessária para que o relógio continue crescendo em funcionalidades de saúde e produtividade com integração a inteligência artificial.
Existe também a possibilidade da Apple apresentar o S11 com ganhos de desempenho modestos até a chegada do S12 no Apple Watch 12 que está sendo esperado com grandes inovações para o ano que vem.
2 Taxa de atualização e Tela

A Apple deve equiparar o Series 11 ao Series 10, que trouxe a tela OLED LTPO3, substituindo a geração anterior. Essa tecnologia permite uma taxa de atualização mais rápida, o que possibilita mostradores mais dinâmicos, como ponteiros de segundos em movimento contínuo.
O OLED grande angular, já presente no Series 10, também deve ser incorporado ao Ultra 3. Esse painel oferece até 40% mais brilho em ângulos inclinados, algo essencial para quem usa o relógio em ambientes externos sob a luz solar.
3 Conectividade 5G com tecnologia RedCap
Outra mudança no Series 11 e no Ultra 3 será a chegada do 5G, finalmente. Desde 2020, o iPhone já suporta a tecnologia, mas o Apple watch ficou limitado ao 4G LTE.
De acordo com reportagens da Bloomberg, tanto o Series 11 quanto o Apple Watch Ultra 3 devem receber suporte ao 5G RedCap. Mas o que isso significa na prática?
O RedCap (Reduced Capability) é uma versão simplificada do 5G, desenvolvida especificamente para dispositivos de baixo consumo, como relógios e outros vestíveis. Ele oferece mais velocidade e estabilidade em relação ao LTE, mas sem exigir a mesma energia ou largura de banda do 5G convencional.
Além disso, a Apple estaria substituindo os modems da Intel pelos chips da MediaTek, otimizados para Wearables. Isso pode resultar em conexões mais rápidas, menor latência e maior eficiência energética.
Para o usuário, a vantagem é clara: chamadas e mensagens ficarão mais estáveis mesmo em áreas de cobertura ruim, e o relógio ganhará maior independência do iPhone em situações de mobilidade.
Leia mais: Apple Watch volta a medir oxigênio no sangue nos EUA com funcionamento adaptado
Embora os três recursos citados sejam os principais rumores, há sempre espaços para surpresas. No Series 10, a Apple trouxe mudanças notáveis, como:
- Tela maior com tecnologia LTPO3 OLED, que aumenta a fluidez e melhora a exibição de informações
- Caixa mais fina, deixando o design mais elegante
- Carregamento mais rápido, reduzindo o tempo para atingir altos níveis de carga de bateria
- Alto falante aprimorado, com som mais potente e claro.
No Series 11, esses aspectos serão os mesmos, e ainda assim, a Apple pode apostar em novas cores, como já fez em gerações anteriores. Um detalhe aparentemente simples como a cor inédita costuma ter grande impacto nas vendas.
Já o Apple Watch Ultra 3 acumula uma lista robusta de novidades. Segundo informações encontradas em versões beta do iOS 26, a resolução do Ultra 3 será de 422 x 514 pixels, contra os atuais 410 x 502 do Ultra 2. Traduzindo: terá mais aumento de espaço na exibição sem aumentar o tamanho da caixa, já que a Apple deve reduzir as bordas ao redor da tela
O ganho é direto na legibilidade, melhor aproveitamento dos pequenos atalhos nos mostradores e maior conforto visual em atividades ao ar livre.
O Ultra 2 usa o Chip S9, enquanto o Series 10 recebeu o S10, mais compacto. Essa redução no espaço interno pode abrir margem para uma bateria maior ou novos sensores para o Ultra 3.
4 Carregamento mais rápido
Atualmente o Ultra 2 demora cerca de uma hora para chegar a 80% de carga. Já o series 10, com o seu novo design de metal e bobina de carregamento ampliada, consegue atingir a mesma marca em apenas 30 minutos.
Se a Apple adotar essa traseira no Ultra 3, o tempo de recarga cairá drasticamente além de melhorar a duração da bateria.
5 Medidor de Hipertensão arterial
Um dos recursos também especulados no Ultra 3 é o monitoramento da pressão arterial. A Apple trabalha nisso há anos, mas ainda enfrenta desafios de precisão. O recurso será capaz de detectar tendências de aumento da pressão e alertar ao usuário antes de surgirem quaisquer complicações graves. Um dos maiores trunfos do Apple Watch desde a sua criação é a ferramenta de saúde preventiva. Ele já monitora o coração, mede o oxigênio no sangue, detecta quedas e até realiza um ECG simples. Agora, a próxima fronteira deve ser o medidor de hipertensão arterial. Segundo rumores , a Apple estaria pronta para lançar o Series 11 com um sensor capaz de identificar sinais de hipertensão.
É importante destacar que o relógio não vai substituir um aparelho médico tradicional e nem as consultas médicas. Segundo o site Macrumors o relógio não exibirá valores detalhados, como pressão sistólica e diastólica. Em vez disso, funcionará de forma semelhante ao detector de apneia do sono lançado anteriormente. O Apple Watch apenas sinalizará ao usuário que há indícios de pressão elevada, recomendando acompanhamento médico.
Na prática, isso pode ser um divisor de águas. Muitas pessoas poderiam descobrir precocemente um quadro de hipertensão, reduzindo o risco de complicações sérias como AVC e infarto.
Essa adição reforçaria a estratégia da Apple de transformar o Apple Watch em um dispositivo de saúde preventiva no pulso.
6 Possível Touch ID no Apple Watch Ultra
A possível chegada no Touch ID no series 12 do ano que vem seria um mudança complementar caso seja implementado no Watch Ultra 3. Hoje o desbloqueio do relógio depende do código numérico ou da proximidade com o iPhone. A biometria oferece maior segurança nos pagamentos e praticidade no desbloqueio do dispositivo. Para a Apple, isso representaria também um passo adiante na integração do relógio com o ecossistema de segurança digital que já existe no iPhone e no Macbook.
Os novos modelos Apple Watch Series 11 e Ultra 3 serão anunciados mês que vem ao lado da linha iPhone 17. As grandes inovações parecem ter ficado para o Apple Watch Series 12 no ano que vem. Mas ainda assim, a Apple parece estar preparando uma nova fase para seu relógio mais popular, unindo design renovado, conectividade avançada e um pacote cada vez mais completo de recursos de saúde.
O Apple Watch Series 11 pode não ser a revolução no design que vimos no Series 10, mas pode representar um avanço importante em três áreas cruciais: desempenho, saúde e conectividade.
O chip S11 deve garantir mais potência para lidar com a inteligência artificial da Apple e futuros recursos exclusivos. A detecção de hipertensão arterial amplia o papel do relógio como um aliado da saúde preventiva e o 5G Redcap torna o watch mais independente e preparado para os próximos anos com recursos que demandam conectividade.
Somando isso e à base do series 10, teríamos um dispositivos que continua a evoluir de forma consistente, porém, econômica, mas reafirmando o seu lugar como um dos smartwatchs mais completos do mercado. Se os rumores se confirmarem, o Apple Watch series 11 e o Ultra 3 serão uma ótima escolha para quem deseja inovação em recursos de saúde, velocidade, conexão e integração.